quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O Fim do Mundo


Amados, escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero; Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador. Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste. Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio, Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios. Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. II Pedro 3:1-13

Como nos dias do dilúvio

O fim do mundo será como nos dias do dilúvio, mas Deus destruiu a terra no dilúvio? É lógico que não! Mas a bíblia diz que Deus destruiu o mundo de então.Que mundo Deus destruiu no dilúvio? "Deus...não poupou o MUNDO ANTIGO, embora preservasse a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios."II Pedro 2:5.

"Como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam,bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos - assim será também a vinda do Filho do homem." MATEUS 24:37-39.

O "mundo" destruído não foi o planeta, mas foi a estrutura que os homens haviam construído em cima da injustiça, essa estrutura feita pelos homens precisava perecer para que Noé desse inicio a uma nova sociedade. Da mesma forma se o "mundo de então"(mundo em que Pedro estava inserido na época que escreveu a carta, e não o mundo atual) não fosse destruído, como poderia o Reino de Deus ser instaurado?

Destruição pelo fogo

Precisamos esclarecer algumas coisas antes de entrarmos no assunto da destruição pelo fogo.

Primeiro é que o "agora" de Pedro não é o nosso "agora". Segundo, se a terra for literalmente destruída o céu também será! Jesus nos ensinou a orar dizendo: "Seja feito a sua vontade, assim na terra como no céu". Terceiro, precisamos entender os significados de "céu" e "terra" no texto de Pedro.

O Apóstolo afirma que os céus e a terra que existiam, na época em que ele escreveu, pela mesma palavra se guardam para o fogo... Quando a Bíblia fala que os céus passarão, está se referindo ao sistema da Antiga Aliança, e quando diz a terra passará, está se referindo ao sistema visível, incluindo governos, impérios e etc.

O Fim chegou... Ninguém te avisou?

Logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do firmamento e os corpos celestes serão abalados" (Mt.24:29).

O sol e a lua apontam para a Lei moral e cerimonial, enquanto que as estrelas correspondem ao povo da antiga aliança, ou seja, os judeus. O Sol e a Lua também tipificam o governo, que por sua vez era exercido através da Lei Mosaica, com os seus mandamentos e rituais. Com a queda do templo, cessaram-se os sacrifícios e o culto judaico.

Os Elementos se desfarão

O que eram esses elementos? A palavra elementos em grego é stoiceia ou stoicheia, ela era usada para definir as coisas da velha aliança. A velha aliança já caducou, estamos debaixo da Aliança definitiva, estamos debaixo da Graça, o Velho céu já passou e foi consumido pelo fogo, quando em 70 d.c o General Tito invadiu Jerusalém e incendiou o templo, pondo fim a era dos sacrifícios e dos ritos da Lei. O Mundo de então esta destruído pelo fogo com havia profetizado Pedro e depois João em Apocalipse

Novos céus e uma nova Terra... Em que habita a justiça

Os velhos céus e a velha terra já passaram! Tudo agora é novo. Com o fim da Velha Aliança, os céus se dissolveram para dar lugar a um novo céu, a um novo e vivo caminho pelo qual nos achegamos a Deus.

"Se alguém está em Cristo", diz o apóstolo Paulo, "nova criatura é; e as coisas velhas JÁ PASSARAM, TUDO SE FEZ NOVO. E tudo isto provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO, isto é, Deus estava em Cristo RECONCILIANDO CONSIGO O MUNDO" ( II Co.5:17-19a)

"Então vi um novo céu e uma nova terra, pois já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe...Deus enxugará de seus olhos toda lágrima.Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, pois as primeiras coisas são passadas. E O que estava assentado no trono disse: FAÇO NOVAS TODAS AS COISAS. E disse-me: Escreve, pois estas palavras são verdadeiras e fiéis. Disse-me mais: ESTÁ CUMPRIDO. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim". APOCALÍPSE 21:1, 46a.

Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele. Eclesiastes 3:14

À medida que O Reino de Deus cresce a Justiça se expande pelo mundo. Com o crescimento do Reino, todo o mundo criado pelo homem será destruído! Todos os sistemas... No final a terra será restaurada com o avanço total do Reino.










sábado, 19 de setembro de 2009

AS 70 SEMANAS



"Setenta semanas são determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Ungido, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas. As praças e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustisos. Depois de sessenta e duas semanas será cortados o Ungido, e não será mais, e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário. O seu fim será como uma inundação: Até o fim haverá guerra, e estão determinadas desolações. Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de cereais. E sobre a asa das abominações virá o assolador, até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador." Daniel 9:24-27



É ponto pacífico entre os teólogos que essas setenta semanas referem-se a semanas de anos. Portanto, significam literalmente 490 anos.


Período Histórico


A Babilônia era o maior império mundial da época
Jerusalém Havia sido destruída Por Nabucodonosor
O Povo estava destinado a setenta anos de escravidão
Já haviam se passado 69 anos de escravidão – ( 538 a.c )
Um ano após a profecia, Ciro liberta o Povo – (537 a.c)
Entre a libertação e a reconstrução passam-se 80 anos
Após 80 anos dá-se inicio a reconstrução – (457 a.c )
Em 408 a.c a reconstrução está concluída – 7 semanas
Após a reconstrução se passam mais 62 duas semanas
434 anos até o inicio do ministério de Jesus com 30 anos
Há uma precisão cirúrgica no cumprimento das 69 Sem.
O que será a Septuagésima semana?


Dispensacionlismo


Para os dispensacionalistas existe um Intervalo entre a 69ª e a 70ª semana. Segundo eles, a 69ª semana termina com a entrada triunfal; e a 70ª “está separada das outras 69 por um período indefinido de tempo”. Por qual razão? A Igreja é tida como um parêntesis no propósito de Deus, no domingo da Páscoa o relógio profético parou e voltará a bater depois do arrebatamento, quando Deus assumir a condução dos negócios com Israel no futuro.
A última semana para eles está situada no “tempo do fim”, quando a haverá o advento da Grande Tribulação. A 70ª semana seria os 7 anos da grande tribulação que estaria por vir. Para os defensores dessa visão, aquele que fará uma aliança com muitos é o anticristo. Este durante 3 anos e meio trará paz, inclusive com os judeus, e depois por mais 3 anos e meio( 7 anos ) trará uma perseguição implacável contra os judeus.


Visão Reinista
Preterista


Jesus é o Ungido ( Christos ), que veio após as 69 Sem.
Jesus foi morto após a 69ª semana, logo morreu na 70ª.
O Príncipe era Jesus, mas o príncipe era Tito.
Aquele que confirma a aliança é Jesus e não o Anticristo
A aliança confirmada é a Nova Aliança, em que não há um povo especifico, mas todos quantos forem escolhido por Deus, ou seja, muitos. Pessoas de todas as tribos, povos, línguas e nações. Ap 5:9
Na metade da semana Jesus é Morto, e com sua morte faz cessar o sacrifício e ofertas de cereais. Hb 10:12, 26b

A abominação desoladora são os sacrifícios oferecidos no Templo a Deus no pós-morte de Cristo, com o afã de alcançar algo. Sacrifícios meritórios. Também pode-se identificar como os sacrifícios oferecidos a Nero dentro do Templo judaico. Dn12:11, Mt24:15 - 28
Fazer sacrifícios Meritórios a Deus é o mesmo que não crer que o sacrifício de Cristo foi o suficiente. Ainda hoje há os que oferecem a Deus abominações.
A abominação traz o assolador!
O assolador de Jerusalem foi o Império Romano, que destruiu Jerusalém e o templo e, depois foi destruído pelos Bárbaros.
O templo da nova aliança não está situado geograficamente, mas somos nós a morada do Espírito Santo.O sacrifício que oferecemos é o de louvor e amor. O local onde fazemos estes sacrifícios é nosso coração.Por isso o inimigo não pode derrubar o Reino, pois o Reino está espalhado pelo mundo e o templo somos nós. O primeiro templo fisico foi destruido por Nabucodonosor, o segundo por Tito, mas o Templo espiritual ficará de pé eternamente pois é a igreja de Cristo.


Vós também, como pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus.
I Pe 2:5. Ver também Fl 4:18, Hb13:15-16, Rm12:1

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sobreviventes de Peniel, voltem a Betel!


Quando somos encontrados por Deus
Amado por sua mãe, abençoado por seu pai, e odiado por seu irmão, Jacó fugiu para tentar salvar sua pele. Esaú, seu irmão gêmeo estava enfurecido depois de ter sido passado pra trás duas vezes.Por haver saído apressadamente da casa de seus pais, não teve tempo de preparar sua bagagem. Talvez tenha saído só com a roupa do corpo e alguns poucos mantimentos preparados de última hora por sua mãe. Depois de caminhar por horas, Jacó chega a uma cidadezinha chamada Luz. Já era noite. Todos já estavam dormindo. Não querendo chamar a atenção, Jacó preferiu dormir a relento. Tomando uma pedra, improvisou um travesseiro (Gn.28:11).Talvez não se desse conta de que naquele mesmo lugar seu avô Abraão havia tido seu segundo encontro de Deus. Foi lá que Abraão edificou seu primeiro altar (Gn.12:7-8).Enquanto buscava uma posição confortável pra dormir, Jacó apagou. “E sonhou: Eis que uma escada estava posta na terra, cujo topo chegava ao céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (v.12).Não há como ler esta passagem sem conectá-la às palavras de Jesus: “Na verdade, na verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo. 1:51).A escada vista por Jacó representava o próprio Cristo, Seu mais importante Descendente, o Mediador entre o céu e a terra. Através d’Ele os anjos tiveram acesso ao Mundo dos homens, e através d’Ele os homens teriam acesso Àquele que estava no topo da escada: Deus.“Por cima dela estava o Senhor, que lhe disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência. A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás ao ocidente, ao oriente, ao norte e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra” (vv.13-14).Até aquele momento, Jacó não passava de um fugitivo, sem eira nem beira. Seu objetivo era poupar sua vida das ameaças de seu enfurecido irmão, de quem roubara a bênção da primogenitura.Parar em Luz era apenas mais um contratempo. Ele jamais imaginaria a experiência que teria com o Deus de seus antepassados naquele lugar.Por mais longe que estivesse de casa, ele ainda pisava a terra destinada à sua descendência. O lugar onde estava havia sido prometido por Deus ao seu avô Abraão. Bem próximo daquele lugar Deus aparecera pela segunda vez ao patriarca hebreu, prometendo-lhe dar aquela terra por herança à sua descendência.Aquela experiência lhe proporcionou uma visão quadridimensional da realidade, uma visão espacial e temporal. Através dela, Jacó se situou no tempo e no espaço.Embora fugitivo, Deus o via como aquele que daria continuidade à saga de Abraão e de seu pai Isaque. A promessa de Deus não havia expirado.Ele é convidado a olhar para trás e conferir a História, sentindo-se parte dela. E é desafiado a vislumbrar o futuro, no qual não apenas sua descendência seria abençoada, mas também serviria de bênção para todas as famílias da terra.Quem diria... uma família desajustada como a de Jacó servindo de canal de bênção para todas as famílias do mundo! Coisas de Deus...Jacó sabia que tinha a simpatia da mãe, e que finalmente conquistara a simpatia do velho pai, mas também sabia que isso lhe custara a inimizade de seu irmão gêmeo Esaú. Restava saber de que lado Deus estava.“Estou contigo”, disse o Deus de seus pais, “e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra. Não te deixarei até que tenha cumprido aquilo que te tenho dito” (v.15).Ufa! Isso era tudo que ele precisava ouvir. Ele deve ter pensado: Esta foi por pouco!Jacó pensando em se salvar, e Deus pensando em salvar o mundo. Isso te lembra alguma coisa?Hora de acordar!“Despertando Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não sabia” (v.16).Não há nada pior do que perder a consciência da presença de Deus. Antes de Jacó chegar ali, Deus já estava. Ele não habita em templos feitos por mãos humanas. Ele não cabe dentro dos limites geográficos de uma região. Nem mesmo o Céu dos céus é capaz de contê-Lo. Ele também não é exclusividade de religião alguma. Ele não é católico, nem evangélico, nem mesmo cristão. Ele é Deus! E não há lugar no Universo onde Ele não esteja. O problema está em nossa consciência afetada por nosso estado pecaminoso.É Sua presença que santifica tudo à Sua volta. Pergunte ao salmista se há algum lugar de onde possamos fugir da presença de Deus (Sl.139).Assim que percebeu a presença de Deus naquele lugar, Jacó exclamou: “Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; esta é a porta dos céus” (v.17).Casa de Deus não é onde Deus mora, mas onde percebemos Sua presença. Não importa se dentro de uma caverna, ou no cume do Everest. Onde quer que a consciência humana se desperte, ali é a Casa de Deus, o lugar de Sua manifestação. Todos os lugares deste vasto Universo são potencialmente Casa de Deus. Neil Armstrong a sentiu quando pisou em solo lunar. Naquele momento, a Lua se tornou Casa de Deus. Deus também está em Marte! Mas lá não é Sua casa, até que a consciência chegue àquele planeta, e perceba lá a presença do Criador.Atravessar a porta dos céus é o mesmo que ser tocado pela transcendência, adquirindo a consciência de Sua presença. Do lado de lá, do topo da escada, encontramos a grande síntese espaço/temporal. Passado, presente e futuro; aqui, ali e acolá, tudo se integra em Deus. N’Ele não há ‘agora’ e ‘depois’, nem ‘aqui’ e ‘lá’. Tudo está perfeitamente integrado n’Ele.Foi esta experiência de transcendência que marcou o início da caminhada de Jacó.O texto diz que Jacó se levantou ainda de madrugada, antes do sol nascer, “tomou a pedra que tinha posto por travesseiro, erigiu-a em coluna e derramou azeite em cima dela. E chamou aquele lugar Betel...” (vv.18-19a).Para que uma pedra sirva de travesseiro, ela tem que está deitada, isto é, na posição horizontal. Ainda que não tenha a mesma maciez e conforto, ela tem quer ter, no mínimo, o formato que lembre um travesseiro. Para que ela se torne uma coluna, terá que mudar de posição. Em vez de deitada, será posta em pé. Em vez de horizontal, será erguida na vertical. E é isso que acontece quando somos encontrados por Deus! Travesseiros se tornam colunas! Tudo o que nos traz algum tipo de conforto, oferecemos a Ele em louvor.Aquele não era um dia como outro qualquer. Merecia um monumento, algo que expressasse a grandiosidade daquela experiência. Uma espécie de marco.Enquanto os egípcios e outros povos levantavam obeliscos (chamados na Bíblia de “postes-ídolos”), os hebreus tinham o costume de levantar altares. Um obelisco é um monumento à vaidade humana. Um altar é um monumento à glória de Deus.Talvez por conta da pressa em fugir de seu irmão, Jacó não tenha terminado ali sua obra. Em vez de um altar completo, deixou apenas uma coluna.Vinte anos se passariam, até que Jacó ouvisse de Deus: “Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali, e faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão” (Gn.35:1).Deus sabia que levantar um altar demandaria mais tempo do que erigir uma coluna. Por isso, Sua ordem a Jacó foi para que habitasse em Betel por algum tempo, até que o altar fosse concluído.Embora à esta época Jacó já houvesse tido outra experiência com Deus em Peniel, a ponto de ter seu nome mudado, ele não poderia jamais se esquecer daquele primeiro encontro. Jamais poderia esquecer que quando fugia de seu irmão, Deus o encontrou e lhe fez promessas. Portanto, aquele marco teria que ser revisitado. Voltar a Betel equivaleria voltar ao primeiro amor.Betel representa Deus saindo ao encontro de Jacó, enquanto Peniel representa Jacó saindo ao encontro de Deus. Quando Deus vem ao encontro do homem, há comunhão. Mas quando é o homem que sai ao encontro de Deus, há colisão. Ele sempre sai machucado! De Betel Jacó saiu tão inspirado, que foi capaz de remover sozinho uma pedra que tapava um poço, que precisava de pelo menos quatro homens para remover, a fim de saciar a sede das ovelhas. Mas de Peniel Jacó saiu mancando de uma perna. Toda vez que o homem se acha no direito de tomar qualquer iniciativa, chegando ao ponto de agendar um encontro com Deus, ele sai machucado, senão fisicamente, pelo menos emocionalmente. Tenho visto muitos casos... Gente que nunca mais se recuperou de algo que se apresentava como 'cura interior', mas que se revelou depois como uma chaga incurável.Betel representa o homem acolhendo o dom de Deus, dado espontaneamente. Peniel representa o homem tentando arrancar algo de Deus à força. Betel representa a Graça, Peniel representa a Lei. Betel representa o reino entre nós, Peniel representa o reino tomado à força.Se Peniel tivesse maior importância do que Betel na vida de Jacó, Deus lhe teria enviado de volta a Peniel para edificar um altar, não a Betel.Talvez alguém diga: Mas não foi em Peniel que Jacó foi abençoado? Não! Em Peniel ele teve seu nome mudado. O lugar onde ele finalmente foi abençoado diretamente por Deus foi em Betel, quando para lá voltou e edificou o altar. Confira:“Edificou ali um altar, e chamou àquele lugar El-Betel, porque ali Deus se lhe tinha manifestado, quando fugia de seu irmão (...) Deus lhe apareceu de novo, e o ABENÇOOU.. Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó, mas não te chamarás mais Jacó; Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel” (35:7,9-10).O lugar da bênção foi o mesmo lugar onde lhe fora feita a promessa.
Deus está chamando Seu povo de volta a Betel!Quando erigiu a coluna que mais tarde daria sustentação ao altar, Jacó derramou azeite sobre ela. Ao ungi-la, o patriarca indica claramente o que ela representava: Cristo, o Ungido. E não só isso: aquela coluna representava o Seu Corpo na Terra, isto é, a Igreja de Deus. Ou não isso que diz o apóstolo Paulo, ao referir-se à igreja do Deus vivo como “casa de Deus” e “coluna e esteio da verdade” (1 Tm.3:15)? A unção derramada sobre Cristo, o Cabeça, desceu até nós, Seu Corpo (confira 2 Co.1:21 e 1 Jo. 2:20,27).É interessante ressaltar que Betel foi a primeira parada, tanto na peregrinação de Abraão, quanto na fuga de Jacó.Abraão deixou ali um altar completo. Jacó deixou ali uma coluna para mais tarde edificar um altar.Onde foi parar o altar deixado por Abraão? Provavelmente se desfez com o tempo. A erosão, as freqüentes tempestades de areia comuns no deserto, ou talvez seus inimigos, são alguns dos possíveis responsáveis pelo desaparecimento daquele altar construído às pressas. Se ele ainda estivesse lá, Jacó o saberia.Se Jacó construísse às pressas um altar semelhante ao de Abraão, vinte anos depois talvez houvesse desaparecido.Deus sabe que uma obra duradoura demanda tempo para ser concluída. Por isso, ordenou que Jacó retornasse a Betel para concluir seu altar. Porém, desta vez, não mais como um fugitivo, mas como um habitante de Betel.
Muitos pastores querem fazer suas igrejas crescerem rapidamente a qualquer custo. Em nome de suas estratégias mirabolantes, muita gente sai machucada. Para levantar uma coluna, basta algumas poucas horas, mas pra se levantar um altar duradouro, necessitamos tempo. E isso faremos como habitantes de Betel, e não como fugitivos.Tenho a impressão de que a igreja contemporânea tomou o caminho inverso. Em vez de transformar travesseiros em altares, tem transformado altares em travesseiros. Tornamo-nos a Bela Adormecida do conto de fadas, à espera do Príncipe Encantado para despertá-la. Somos o Gulliver da fábula, que por não saber a força que tem, deixa-se dominar pelos habitantes da ilha, que o prende com cordas que mais parecem linha de carretel.Hora de acordar, igreja! O que tem sido pregado em muitos púlpitos parecem canções de ninar, que só produzem sonolência espiritual nos fiéis. A igreja de Cristo precisa acordar de sua letargia e alienação, e engajar-se na transformação do Mundo.Ora, se ela é coluna, logo concluímos que ela é apenas o ponto de partida de algo ainda maior.A coluna está destina a ser transformada em altar. E o altar é pontapé inicial para a edificação do Templo.Este Templo cresce de dentro para fora. Paulo diz que em Cristo, “todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor” (Ef.2:21).Em Sua primeira passagem por este Mundo, Jesus lançou-Se como Pedra Fundamental, ou ainda, como coluna na construção do Templo de Deus. Dez dias depois de Sua ascensão ao céu, Ele enviou o Seu Espírito para que habitasse conosco para sempre, e através de nós edificasse o Seu Templo definitivo na Terra.Ele não tem pressa. Ele está reunindo pedra por pedra, tijolo por tijolo, e assim, erigindo um altar que jamais será desfeito pela erosão do pecado.A igreja é, por assim dizer, o gérmen da Nova Humanidade.Este Templo que Deus está a construir é a civilização do Reino.O problema é que a igreja se acha um fim e si mesma, e por isso, se fecha, se enclausura, vive uma espiritualidade ensimesmada.Uma coisa é Jacó foragido, com pressa. Outra coisa é Jacó recebendo de Deus a ordem para habitar em Betel.Betel também representa o mundo ao nosso redor. Não é um lugar sagrado em si mesmo. Mas um lugar que se sacraliza aos olhos daqueles que têm sua consciência iluminada pela presença de Deus.Nosso lugar de encontro com Deus é o mundo. É nele que temos que construir nossos altares.Acredito piamente que Deus está nos mandando de volta ao Mundo. Mas dessa vez, não como foragidos, mas como habitantes permanentes.Geralmente se focaliza apenas quando Jesus diz: “Eles não são do mundo, como eu do mundo não sou” (Jo.17:16). Mas se esquece que logo em seguida, Ele também diz: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (v.18).Desde que Deus colocou os pés neste chão, o Mundo passou a ser terra santa. Ele é o lugar de encontro entre Deus e os homens.Lembre-se que a escada vista por Jacó era colocada na terra. Seus pés estão fincados no chão, e não no ar.Lemos em Gênesis 32:1-2:“Jacó também seguiu o seu caminho, e os anjos de Deus o encontraram. Quando Jacó os viu, disse: Este é o acampamento de Deus. E chamou àquele lugar Maanaim.”A Terra inteira é o Maanaim de Deus. Deus a escolheu para nela armar Sua tenda. Por isso, é quando seguimos nosso caminho no chão desta vida, que somos encontrados pelos anjos de Deus.Era como se Jacó pensasse: Bem, se lá em Betel é a casa de Deus, aqui só pode ser Seu acampamento. Ele mora lá, mas acampa aqui.O que ele talvez não soubesse é que Deus habita e acampa em todo lugar. Toda a Terra está cheia de Sua glória.Deixemos que os anjos de Deus nos encontrem enquanto trilhamos os caminhos da vida. Deixemos que os sinais nos sigam. Deixemos que as bênçãos nos persigam e nos alcancem, enquanto caminhamos pelas sendas desta vida.Não precisamos nos enclausurar em retiros, em montes, em cultos intermináveis, em vigílias para extrair algo de Deus. Precisamos nos voltar para fora de nós mesmos, servindo a Deus, enquanto servimos àqueles que encontramos no caminho.Que sejamos conhecidos, não como aqueles que prevaleceram contra Deus, mas que foram vencidos por Seu amor, e que, agora, difundem Seu suave perfume por onde andam.
Christus Victor!
Mensagem de Hermes Fernandes

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Vinda X A Volta



O dispensacionalismo acredita que Cristo ainda virá por duas vezes. A primeira seria de forma secreta, onde arrebataria os cristãos fiéis, poupando-os da Grande Tribulação. Versículos como aquele que o Senhor disse que estando dois em um moinho um seria tirado e outro seria deixado para trás, servem como justificativa para essa doutrina do arrebatamento. Já a segunda vinda de Cristo ocorreria após a tribulação e seria com grande glória, diante de todos os olhos, onde Jesus sobrepujaria seus inimigos e traria o juízo final, que culminaria no fim do mundo.


Na visão preterista a volta de cristo se dará apenas em uma oportunidade futura. No entanto, Além da manifestação futura de Cristo em glória, os preteristas também crêem que Jesus veio nas nuvens ainda no primeiro século, para trazer juízo a Israel.
Temos que saber diferenciar a vinda de Cristo em juízo contra a cidade apóstata, e sua aparição triunfal no fim da história corrente.


“Vede Ele vem com as nuvens e todo o olho o verá, até mesmo os que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Amém”. Apocalipse 1:7



Essa figura de linguagem “vem com as nuvens” é muito comum em julgamentos divinos para as nações. Confira por exemplo o que diz Isaias:
“Um oráculo relativo ao Egito: Vejam! O Senhor cavalga numa Nuvem veloz que vai para o Egito. Os ídolos do Egito tremem diante dele, e os corações dos egípcios se derretem no intimo.” Isaias 19:1.

Vir nas nuvens não é literal, mas sim uma metáfora profética do juízo de Deus, que cavalga sobre as tempestades que estão por vir. Deus não foi literalmente ao Egito, mas exerceu seu juízo sobre aquele povo.



Mateus 24:29-30,34 diz:
“Logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará sua luz, as estrelas cairão do firmamento e os corpos celestes serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do filho do homem, e todos os povos da terra se lamentarão e verão o filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.”



Até mesmo os que o traspassaram o veriam vindo nas nuvens. Quem o traspassou? Os seus compatriotas e contemporâneos! Os judeus do primeiro século que exigiram sua crucificação. Podemos nos certificar disso com a parábola dos lavradores maus dita pelo próprio Cristo, onde os servos tramam para tirar a vida de seu senhor. Mateus 21:33-43.

João disse que todas as tribos da terra se lamentariam sobre Ele. Quem são essas tribos? Seria uma mensagem em referencia a todos os povos existentes hoje na terra? A palavra grega traduzida com terra é he ge que deveria ser melhor traduzida como nação. João aqui está falando claramente das tribos de Israel, que estavam na “terra prometida”.


A vinda de Jesus estáq ligada diretamente com a invasão de Tito no ano 70 depois de Cristo. Os romanos destruiram a "cidade santa". Este foi o juizo de Cristo aquela geração que o havia rejeitado.


E o que dizer da expressão: “Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres”?


“Pois assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a VINDA do Filho do homem. Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres” Mt.24:27-28.



Muitos vêem aí uma alusão ao arrebatamento da Igreja. Porém, isto está muito longe do que o Senhor Jesus intentou dizer. Na verdade, trata-se de um provérbio muito popular nos dias de Jesus, cujo significado real é “Onde houver motivos para juízo, aí haverá juízo”.
Neste caso, Jerusalém e os judeus seriam os cadáveres que teriam atraído as águias romanas ( Os abutres eram considerados uma espécie de águia ). Isso também é profetizado por Oséias, que diz: “Põe a trombeta à tua boca. Ele vem como a águia contra a casa do Senhor, porque transgrediram a minha aliança, e se rebelaram contra a minha lei” (Os.8:1).Não era por coincidência que a insígnia romana gravada nos escudos e estandartes do seu exército era uma águia.


Parousia: A “Volta” de Cristo


“Quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. Todas as nações se reunirão diante dele, e ele apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas ”(Mt.25:31-32).


Sobre o retorno de Cristo pedro afirma que el retornaria no tempo da restauração de todas as coisas.Atos 3:21


O que é que Jesus virá fazer na terra em Sua aparição futura?
Será que Ele virá para estabelecer Seu reino,como afirmam alguns? Absolutamente. Isso Ele já fez em Sua primeira vinda. Agora Ele virá para julgar os vivos e os mortos.


Ao discursar em Cesaréia, na casa de Cornélio, Pedro testificou: “Ele nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos”(At.10:42). Como podemos ver, Ele não vem estabelecer o Seu reino, pois o mesmo já está estabelecido na Terra desde que Ele aqui esteve pela primeira vez. Da próxima vez que vier, Seu propósito será o de
Trazer juízo sobre a terra.

A vinda de Cristo foi Precedida por grandes catástrofes, Jesus não veio fisicamente, o Juízo foi contra uma cidade-Jerusalem . O Agente de Deus: Império Romano. Culminou em um Fim trágico para Israel.

A volta de Cristo será Precedida Pela restauração, Jesus virá Tal qual foi aos céus, o Juízo será contra todos os impios(povos). O Agente de Deus: A Igreja. Culminará com um Fim triunfante da igreja.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O que é Apocalipse?




Podemos começar dizendo que apocalipse é uma palavra composta com um verbo e uma preposição gregos e significa “Revelação”. O verbo grego kalýpto significa cobrir, esconder, ocultar, velar. A preposição grega apó indica um movimento de afastamento ou retirada de algo que está na parte externa de um objeto.
Deste verbo deriva o substantivo feminino grego apokálypsis, revelação, apocalipse.
A palavra apocalipse vem do grego 'apocaluptein' que significa 'tirar o véu'; no sentido literal, uma re-velação.
O Livro do Apocalipse foi escrito por João. Em sua maioria, os estudiosos defendem que este era o apostolo, mas há os que crêem ser este outro João. A data de sua escrita também causa controvérsias, pois o fururistas defendem que foi escrito durante o reinado de Domiciano(81-96 d.c), e os preteristas que foi escrito no império de Nero(54-68 d.c). Este é o Único livro do novo testamento que tem um bênção ligada a sua leitura.(Ap 1:3)


Quatro Interpretações
Historicista
Idealista
Futurista
Preterista



Historicista

A interpretação historicista entende que o Apocalipse é um prenúncio da história universal e eclesiástica. Esse método é extremamente extenso, levando a inúmeras interpretações sobre os símbolos e os cumprimentos proféticos. O livro poderia fazer referência a muitos acontecimentos, que ocorreram na história ao longo dos últimos séculos.
Uma linha de interpretação historicista que se tornou muito comum é a dos reformadores, que identifica, na besta, o papado e, no falso profeta, a Igreja Romana.

Idealista

Também é conhecida como visão “espiritualista” do apocalipse, pois interpreta o livro de forma espiritual e simbólica somente. Esta corrente interpretativa entende que os fatos narrados por João, não aconteceram e nem acontecerão literalmente, mas nos servem como analogia de uma vida cristã de perseverança na fé, e que no final haverá a vitória do bem sobre o mal. Não entende o livro como sendo profético. Sua visão sobre o milênio é amilenista.

Futurista

O método futurista relaciona os símbolos e as profecias do Apocalipse com os acontecimentos do fim dos tempos, as últimas coisas. Tudo se encontraria no contexto da crise final que antecede a segunda vinda de Cristo. A besta seria um líder político que instauraria um governo mundial, exigindo a adesão de todos os povos. O falso profeta seria uma religião ou um movimento ecumênico que daria suporte espiritual ao governo do Anticristo. Dentro dessa linha interpretação surgiu e destacou-se o dispensacionalismo. Na linha dispensacionalista se acredita na literalidade da escritura profética e na distinção entre profecias feitas para Israel e profecias feitas à Igreja. Crêem que Cristo voltará ainda duas vezes, uma vez para arrebatar seus servos em um evento secreto pré-tribulacionista, e uma segunda vez com poder e glória para sobrepujar seus inimigos. Para esses, Cristo só estabelecerá seu Reinado no milênio. Em sua visão , Israel é o Povo de Deus insubstituível e a igreja um parêntese em seus propósitos. Sua visão quanto ao milênio é preponderantemente pré-milenista.

Preterista

Esta corrente busca interpretar o Apocalipse com base no seu contexto histórico. O simbolismo desse livro se relaciona predominantemente com os eventos contemporâneos a João (o autor) e às sete igrejas asiáticas (os destinatários). O seu cumprimento teria ocorrido na destruição de Jerusalém (no ano 70 d.C.) ou do Império Romano. Esta visão entende que o Reino de Deus foi instaurado na primeira vinda de Cristo e que todas as profecias de catástrofes feitas por João tinham como endereço a Jerusalém apóstata. Para os preteristas o foco principal do apocalipse é que Deus julgaria os judeus do primeiro século por rejeitarem e crucificarem Jesus. Eles diziam: “Crucifica-o!”, “Que seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”. Em sua visão, Israel perdeu o posto de povo de Deus, agora a Igreja é a Noiva do Cordeiro. A visão sobre o milênio é preponderantemente pós-milenista.

Qual a visão da Reina?

Uma Igreja que acredita no futuro tem que ser preterista!
Cremos que o futuro começou! Jesus deu inicio a seu Reino na terra e tem como esposa a igreja, que foi desposada pelo Espírito Santo. Este a capacita a fazer as transformações que o mundo precisa. O Papel da noiva de Cristo não é esperar o arrebatamento, mas sim promover a restauração de todas as coisas, para que então a Parousia aconteça.
“O qual convém que o céu o contenha até o tempo da restauração de todas as coisas”. Atos 3:21a

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Destaques na multidão


Como é possível se destacar no meio de uma multidão? A multidão é implacável! Geralmente quando estamos inseridos em uma, acabamos sendo levados por ela a fazer coisas que, por conta própria, não faríamos. É como quem está em um trem urbano que está lotado, se não possui algo em que se agarrar, acaba sendo levado pela multidão cada vez que o trem para em uma estação e seus passageiros saem. Ainda que aquela não seja a sua estação você sai involuntariamente levado pela maioria. Como podemos estar na multidão sem sermos, diretamente, a multidão? Temos que nos destacar no meio dela.

Quando o povo hebreu pediu a Samuel que lhes ungisse um Rei, o homem escolhido foi Saul. Era um homem que à distância se destacava dos demais por sua beleza e altura, já que era mais alto que seus conterrâneos desde os ombros para cima. Dou este exemplo, pois vejo que uma das maneiras de nos destacarmos é sermos maiores, ou superiores aos outros em alguma coisa. Saul era mais belo e mais alto que a maioria, ele estava no meio da multidão, mas não era parte da multidão, não era igual à maioria, ele se destacava de longe sobre os outros.

Da mesma forma podemos busca ser os melhores naquilo que fazemos. Existem muitas multidões nas quais estamos introduzidos. Estamos nas multidões profissionais, afinal Quantos professores, advogados, pastores, psicólogos, existem no mundo? Multidões religiosas, pois quantos cristãos, mulçumanos, espíritas, existem? Podemos gastar linhas e linhas falando sobre muitas espécies de multidões que existem e que nós fazemos parte, mas a questão é: Estamos com a maioria, ou de alguma forma fazemos a diferença e com isso nos destacamos? Será que estamos buscando ser os melhores naquilo em que nos propomos a Ser ou fazer?

Quando conseguimos nos destacar na multidão deixamos de ser mais um e passamos a ser referencial para os demais que ainda se encontram na linha da mediocridade. Todos começam a nos observar, mirando em nós o alvo de seus avanços. Quem não quer se espelhar no melhor advogado? Ou no melhor pastor? No entanto, ainda que possamos alcançar algum sucesso em nossa empreitada como destaque no meio da multidão, isso se torna passageiro quando descobrimos que mesmo que façamos o nosso melhor um dia surgirá alguém que faça melhor que nós. Perderemos com o tempo habilidades, força, nome, altura, surgirá quem se proponha a ser mais alto que nós. No caso se Saul, enquanto ele estava no meio dos israelitas ele era o mais alto, até o dia que ele se deparou com Golias. Golias era mais alto que Saul. Saul tremeu diante desse gigante. Aquele que era o destaque, agora era apenas coadjuvante naquela batalha.

Nesse momento da história quem entra em cena é um garoto de baixa estatura, franzino, chamado Davi. Ele fazia parte da multidão de pastores de ovelhas que naquela época ocupavam a região. Com certeza existiam pastores mais fortes, mais experientes, mais altos que Davi. Então de que forma esse garoto conseguiu evidência no meio do exército dirigido por Saul? Ele por sinal não chegava aos pés do rei, erma menos, mais feio, menos preparado belicamente.

Davi nos dá a resposta quando diz a Golias: “Eu vou contra ti no nome do Senhor dos exércitos”! Aí estava o destaque do garoto! Ele talvez não fosse o melhor pastor de ovelhas, mas estava no nome do Maior pastor de ovelhas! Talvez não fosse o melhor soldado, e na verdade ele nem era soldado, mas estava no Nome do cavalheiro fiel e verdadeiro.

Temos que busca nos aperfeiçoar em tudo que fazemos e em tudo o que somos. Não podemos nos acomodar onde já chegamos e pararmos na linha da mediocridade. Temos que buscar ser os melhores, mas não podemos esquecer que só um foi, é e será o maior, Jesus. O que conseguirmos fazer de melhore, um dia vai ser ultrapassado por alguém, nossos recordes um dia serão batidos, mas ninguém pode superar o que Deus faz através de nossas vidas. Sejamos os melhores, mas na força do melhor dos melhores , Jesus Cristo.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia mundial do Meio Ambiente



Foi no ano 1972, em Estocolmo, na Suécia, no seu primeiro encontro mundial sobre meio ambiente, que a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 5 de junho como o “Dia Mundial do Meio Ambiente”, o Dia da Ecologia. Naquele momento também foi criado o UNEP (PNUMA) Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. E se confirmou que o meio ambiente deve estar no centro das preocupações da humanidade, e que o futuro da Terra depende do desenvolvimento de valores e princípios que garantem o equilíbrio ecológico.

Agora, depois de 37 anos, em 2009, neste Dia Mundial do Meio Ambiente, devemos nos perguntar se, de fato, o meio ambiente está no centro de nossas preocupações. E a resposta deve vir das ações cotidianas das pessoas, dos empreendimentos das empresas e das políticas dos governos. Será que, a partir de 1972, o meio ambiente ganhou centralidade em nossas decisões, em nossos pensamentos e ações?

Não há dúvida de que a questão ecológica ganhou espaço na mídia, nas escolas, nas conversas cotidianas, nos movimentos sociais, partidos de várias tendências, nas pastorais, nas universidades e em vários lugares e espaços da vida social. O meio ambiente ganhou o discurso da nossa geração, virou tema propício para nossas conversas. Agora, porém, cabe-nos uma autocrítica. Neste período em que progredimos tanto na maneira de ver a questão ambiental, evoluímos no debate e alargamos os espaços de ocupação das temáticas ambientais, precisamos interrogar nossas ações e avaliar os resultados das nossas decisões sobre o meio ambiente.

Com tanto debate que a ecologia nos proporcionou, será que realmente mudamos a maneira de pensar e ver a vida? Mudamos nossas arcaicas concepções sobre a natureza, sobre as pessoas e as mais diversas formas de vida? Estamos preocupados. Sim! Mas, estamos decididos a mudar o padrão de consumo, por exemplo? Aprendemos a usar os recursos naturais de forma sustentável? Ainda mantemos nossa ganância, o luxo, a opção pelas facilidades a todo custo, sem nos perguntarmos sobre a capacidade sustentável do planeta e sobre as necessidades das outras pessoas e de outros povos?

Já no primeiro encontro da ONU sobre meio ambiente, acima referido, se confirmou que o futuro da Terra depende do desenvolvimento de valores e princípios que garantem o equilíbrio ecológico. E, hoje, onde estão esses valores e princípios? Se eles existem, então, devem estar movendo nossas ações. A ecologia nos abre os horizontes, nos faz ver a realidade socioambiental, nos interpela para a ação, mas questiona e ilumina nosso agir. Não basta simplesmente agir, é preciso mudar, transformar de dentro para fora.

Como diz o teólogo Leonardo Boff, é preciso mudar nosso paradigma. Ou seja, precisamos mudar a matriz do nosso modelo de sociedade, das nossas concepções, valores, pensamentos, conceitos. Uma mudança de vida para preservar a Terra e tudo o que vive nela, requer uma mudança profunda no ser humano. Em relação a muitas coisas, até podemos fazer opções e tomar atitudes sustentadas por campanhas publicitárias. Mas, as nossas ações ecológicas precisam ser sustentáveis, precisam ser amparadas por valores e princípios fundamentais e profundos. Nosso agir ecológico deve ser consistente, não pode ser descartável e precisa consistir e evoluir de geração em geração.

No Dia Mundial do Meio Ambiente de 2009, após 37 anos de a data ser proclamada, temos algo importante a fazer. Como humanidade, precisamos olhar nossa trajetória e, pensando no futuro, nos perguntar sobre quais os valores e princípios que estamos assumindo e incorporando na nossa vida, e que podem garantir o equilíbrio ecológico da Terra. Precisamos conferir se meio ambiente, de fato, ganhou a necessária centralidade. A questão é esta. No centro de nossas decisões e de nosso agir está a integridade da vida ou a mesquinhez do lucro, do luxo e do consumismo?

Precisamos pensar bem e agir bem, pois, a vida sente os reflexos de nossas ações e decisões. Um relatório divulgado pelo Fórum Humanitário Global no último dia 29 de maio, diz que “a mudança climática mata cerca de 320 mil pessoas por ano, de fome, doenças ou desastres naturais, e o número deve subir para 500 mil até 2030”. E para os que só pensam no lucro e em nome do crescimento econômico degradam o meio ambiente, é importante lembrar que os prejuízos causados pela mudança climática já superam os 125 bilhões de dólares ao ano. E este valor é mais do que a ajuda dos países ricos para os pobres.

Que o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Dia da Ecologia, nos faça pensar e agir. E também nos ajude a mudar o modo de pensar e agir. Pensar sem agir é anular o pensamento e agir sem pensar é a pura prepotência de achar que se está fazendo tudo certo.

Texto do Frei Pilato Pereira, extraído do blog Olhar Ecológico