quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Amar os Beatles e os Rolling Stones



Esta era uma das principais características atribuídas ao garoto da canção que ficou famosa com os Engenheiros do Havaii. Pois encontrar alguém capaz de transformar essas duas antíteses e uma síntese era algo raro.


Quem tinha admiração por uma banda, necessariamente tinha repudio por outra. Isso devido ao estilo de música praticado por cada uma. Tendo em vista que os Beatles foi inicialmente influenciado pelo Rock and Roll e pelo Skiffle (Um tipo de música jazz, popular entre a juventude na década de 1950). Já os Rolling Stones colocava sua sonoridade no Blues.


Havia também o fator tempo, já que os Beatles surgiram 10 anos antes dos Rolling Stone.


Logo me pergunto. O que levava aquele garoto da canção a amar esses dois extremos? Talvez se o os Beatles viessem a descobrir que ele amava os Rolling Stones, ficariam com raiva e não retribuiria todo carinho e amor que o garoto depositava na banda. E o mesmo vale para o inverso.

Com certeza o garoto conseguiu identificar algum vínculo que servia de ponte para unir essas duas bandas. Não sei qual seria tal vínculo, mas a essência disso podemos encontrar no que o apostolo Paulo escreve aos Coríntios:


Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando – vos cada vez mais, seja menos amado.”

(II Coríntios 12:15)


O amor que Paulo dedicava àquela gente era completamente incondicional. Ele não esperava nada em troca.


Infelizmente hoje em dia o que esta na moda é só gostar de quem gosta de nós (Até existe canção para isso). Se Paulo tivesse em mente esse espírito, não ousaria declarar que continuaria amando cada vez mais, ainda que fosse menos amado. Ele havia compreendido a largura do Amor que abrange a todos.


Este ó caminho inaugurado por Jesus. ELE nos chama para amarmos ao nosso próximo, mesmo que esse próximo esteja desaproximado pela classe social, religiosa e até mesmo geográfica.

Amar não é investir, não se deve esperar um Pay Back. O mesmo Paulo fala no verso anterior ao acima citado, que não buscava o que era dos coríntios, mas sim aos coríntios. Seu amor era focado no ser e não no ter.


Outro fator essencial encontra-se em Efésios 4:3:


“... procurando guarda a unidade do Espírito no vínculo da paz”.


Buscar um vínculo, este é o segredo para construir uma linearidade onde só exista polaridade.


Já as diferenças existem para que nos sirvam de suprimento das nossas carências. Tento em vista que a abundância de um supre a falta do outro. (Veja, I Coríntios 8:14ª).


Em alguns casos ser ponte provoca dor, pois você esta se sujeitando a ser constantemente pisado. Mas o prazer sentido quando servirmos de caminho é muito maior.


Tenho buscado viver isso. E hoje olhando um pouco meu histórico percebo que Deus já tratava comigo deste pequeno. Pois sou o mais novo de três irmãos, o mais velho torce pelo Vasco, o do meio é Flamengo e eu sou Fluminense.


Quanta diferença! Isso sim é amar “os Beatles e os Rolling Stones”.


Em Cristo onde somos um.

Texto de Bruno Jardim

Religião é uma Droga?


“Religião é um excelente meio de manter as pessoas comuns calmas”.
NAPOLEÃO BONAPARTE

Karl Marx tinha suas razões para classificar a religião como o ópio do povo. Quando a religião serve a agendas políticas, a interesses ideológicos de subjugação econômica, com o fim de domesticar e dominar as massas, então, de fato, ela se torna numa poderosa droga.

As duas bestas do Apocalipse nos revelam a dinâmica existente entre os poderes secular e religioso. A Besta que emerge do mar representa o poder do Império Romano, que busca consolidar-se perante as camadas populares através do respaldo da Besta que vem da Terra, o poder religioso. Esta Besta tinha a aparência de um cordeiro, “mas falava como dragão” (Ap.13:11b). As duas bestas se acasalam, provendo a união entre Religião e Estado, entre o que se convencionou chamar de poder temporal e poder atemporal.

A experiência vivida pelo Império Romano tem sido repetida ao longo dos séculos. Os poderosos buscam legitimar seu domínio através da Religião, e a Religião busca consolidar-se através do apoio dos poderes constituídos.
O Cristianismo ía bem, expandindo-se por todos os rincões, até que o Imperador Constantino resolveu anunciar sua conversão. A partir daí, o Cristianismo deixou as camadas populares, para habitar nos palácios. O que parecia um avanço foi, na verdade, um irreparável retrocesso. Por mais de mil anos, a Igreja, antes subversiva, andou de mãos dadas com o Estado, desviando-se tanto da doutrina, quanto da práxis apostólica.
A Reforma Protestante resgatou, pelo menos parcialmente, a autonomia da igreja. Digo parcialmente, pelo fato de hoje, algumas igrejas consideradas reformadas serem igrejas oficiais em seus respectivos países, como no caso da Igreja Presbiteriana na Escócia, a Luterana, mantida pelo Estado Alemão, e a Igreja Anglicana, que mantém sua subserviência à Coroa Inglesa.
E por aqui, do lado de cá do Equador, as coisas não estão muito diferentes. A cada dia assistimos à aproximação das igrejas evangélicas do Poder Público. Pastores e Bispos trocam seus púlpitos por uma cadeira no Parlamento.

Quem tem um pouco de conhecimento de História tem a sensação de já ter visto este filme antes. E sabe muito bem aonde isso vai parar.

Lutero dizia que Deus usa dois braços no Governo do Mundo: o braço esquerdo é a Lei, e representa o Estado; o braço direito é a Graça, e representa a Igreja. Ora, se esses dois braços se cruzarem, não poderão trabalhar livremente. Governo e Religião precisam manter a distância entre si. Diálogo, tudo bem. Comprometimento, jamais. A Igreja deve comprometer-e com a Justiça, com o bem-estar do ser humano, mas não com uma agenda política em particular.
Se o Brasil continuar neste caminho, corremos o risco de em breve termos que conviver com uma espécie de Talibã Evangélico.

A Igreja, enquanto instituicão, pode e deve ajudar ao Estado em seus projetos sociais. Mas não deve comprometer-se partidária ou ideologicamente. Isso seria um suicídio.

Mantendo certa distância, a Igreja preserva sua autonomia para desempenhar seu ministério profético, denunciando os erros e abusos do Estado, e trabalhando livremente nas áreas em que lhe falte competência ou eficiência.
Se cristãos sinceros e íntegros demonstrarem alguma vocação política, não vejo qualquer razão pra que eles não devam envolver-se no processo político. Mas eles devem responder por si, e não falar em nome de uma denominação religiosa.
De fato, precisamos de políticos cristãos, comprometidos com os valores do Reino de Deus. O que não precisamos é de quem represente a igreja na política. O advogado da igreja é Cristo.
Um político cristão deve lutar pela causa dos menos favorecidos, dos excluídos, da Justiça Social, da Educação, e não pelos interesses de um grupo, ou de uma denominação.
Geralmente, a chamada bancada evangélica parece muito mais preocupada com questões de cunho moral, como aborto, casamento homossexual e liberação de drogas. Infelizmente, tais pautas são usadas apenas com fins marketeiros, e para justificar perante os eleitores a sua atuação. São, de fato, bois de piranha, para desviar a atenção da opinião pública das falcatruas cometidas em suas legislaturas.
Dificilmente encontramos um político evangélico que demonstre preocupação sincera com questões sociais, como uma distribuição de renda mais justa e a reforma agrária.
Vergonhosamente, a maioria deles está lá para lutar por concessões de TV e de Rádio, por verbas de programas sociais, e principalmente, por cargos.
É por essas e outras que, na classe política, ninguém leva a sério a igreja evangélica. Ela é vista apenas como um vigoroso curral eleitoral.
Tempos atrás, assisti a uma entrevista de um bispo-senador evangélico, que defendia que uma determinada verba destinada à Cultura, deveria ser usada na reforma de igrejas. A igreja de Cristo jamais precisou de verba do Estado. Ela é dignamente mantida pelas contribuições de seus fiéis. Tirar verba da Cultura para investir na igreja é, no mínimo, um motivo de chacota para os incrédulos.

Não são poucos os casos de políticos, discípulos de Constantino, que ensaiam uma conversão fajuta ao Evangelho às vésperas das eleições. O povo cristão precisa deixar de ser ingênuo, e parar de acreditar nesses políticos hipócritas, que nada mais querem, senão aproveitar do seu potencial eleitoral.

Escândalos envolvendo políticos evangélicos só servem para afetar a credibilidade da mensagem do Evangelho. “Ai de onde vêm os escândalos”, advertiu Jesus.

A Igreja de Jesus não deve ser usada para se alcançar objetivos políticos. Ninguém está apto a exibir procuração pra falar em nome da igreja nos ambientes político-partidários.

Cada membro do Corpo místico de Cristo deve exercer sua cidadania com consciência, e jamais votar em alguém simplesmente por ter sido indicado por seu líder religioso.

Faz-se muito terrorismo psicológico para forçar os cristãos a votarem no candidato apoiado pela denominação. Fala-se em casamento homossexual, como se a igreja fosse obrigada a realizá-lo, caso tal lei tramitasse e fosse aprovada pelo Congresso Nacional. Se o pastor se negasse a celebrar tal boda, seria preso, enquanto a igreja teria suas portas cerradas. Quanta imaginação! Tudo para convencer os crentes a darem seu voto ao candidato comprometido com a “visão” da igreja. Que visão é essa? Expansão do Reino de Deus e de sua justiça? Não! Expansão dos negócios da denominação. Infelizmente, esta tem sido a verdade, quase que sem exceção
Poucos políticos evangélicos têm demonstrado compromisso com a agenda do Reino de Deus.

Alguns estão mais comprometidos com a ideologia partidária, do que com o Reino e a sua justiça.

Em vez de fazerem da Bíblia o seu livro de cabeceira, preferem “O Príncipe” de Maquiavel, de onde aprendem que os fins justificam os meios.

Texto de Hermes C. Fernanades

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pai: Medo ou Respeito



Certo dia, dois garotos, Moisés e Paulo, foram deixados em um playground por seus respectivos pais, sob a ordem de não se sujarem com os brinquedos. Eles poderiam brincar de tudo mais não podiam se sujar com nada. Depois de algum tempo eles já haviam brincado de quase tudo quando Paulo percebeu que ambos estavam muito sujos.

- Ei, você percebeu que estamos sujos pra caramba?

Respondeu Moisés:

- Nossa é mesmo! Nossos pais vão brigar com a gente! Eu nem sei o que vou fazer, pois meu pai é muito violento e é capaz dele me bater.

Naquele momento os dois buscavam alguma forma de se limpar antes que seus pais chegassem. Tentaram de tudo, porém quanto mais eles tentavam se limpar, mais se sujavam. Moisés com um ar de comparação pergunta a Paulo:

- O que teu Pai vai fazer quando ele chegar e vir o quanto você está sujo?

Paulo:

- Meu Pai é um homem amável e provavelmente vai me ajudar a me limpar e me comprará um sorvete a caminho de casa.

Moisés ficou perturbado com aquelas palavras e argüiu novamente a Paulo:

- Eu estou preocupado se meu pai vai me bater ou não, e você diz que teu pai é um cara legal! Por que você está com tanta vontade de se limpar antes dele chegar?

Paulo:

- Eu quero me limpar, pois não gosto de ver o quanto meu pai se entristece cada vez que eu não consigo cumprir uma de suas ordens, não gosto de decepcioná-lo. Ele é um pai tão bom para mim, me dá tudo o que eu preciso e sempre está do meu lado.

Depois de alguns minutos os pais chegaram. O Pai de Moisés o pegou pelo braço e lhe deu dois tapas como sinal de castigo por haver se sujado, o de Paulo o tomou pelos braços lhe deu uma pequena bronca por ter se sujado, mas depois o pôs sobre seus ombros o levou para casa e o ajudou a limpar sua roupa.

A palavra de Deus diz que o Temor do Senhor é o Principio da sabedoria (Pv 9:10ª) . Mas que é temer ao Senhor? Será que temê-lo é apenas ter medo dele e do que ele pode fazer? Considero que temer ao Senhor é respeitá-lo independente das conseqüências e castigos que nos poderão suceder. Maquiavel, o grande filósofo, em seu livro “O Príncipe” faz a seguinte pergunta: O que vale mais para um príncipe: Ser temido ou ser amado? Quando estamos falando de Deus a resposta se entrelaça, pois o Amor de Deus por nós, nos leva a amá-lo e temê-lo. Quem ama realmente a Deus aprende a temê-lo de todo o seu coração. Não o obedeço por ter medo dele, obedeço por amá-lo e não querer desapontá-lo.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

CHRIS TOMLIN - INDESCRIBABLE

A Porta da Guarda


Nee.3:31

“Depois dele reparou Malquias, filho de um ourives, até a casa dos servidores do templo e dos mercadores, defronte da Porta da Guarda, e até a câmara superior da esquina”.


A Porta da Guarda - Porta da proteção onde fica aquele que guarda, aquele que dá o aviso quando o inimigo chega.Onde os sentinelas ficavam na expectativa da chegada do inimigo.Se esta porta não estivesse perfeitamente posta, a cidade estaria vulnerável aos ataques.Os lugares principais que deveriam ser guardados na Cidade era o Templo, e o palácio do Rei. O Templo representa o nosso coração, que é o lugar da habitação de Deus, e o palácio do Rei representa a nossa língua, através da qual a vontade de Deus deve ser expressada. A língua é o instrumento de governo de todo o corpo.

Guardando o Coração

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida”. Provérbios 4:23

Guardar o coração é guardar o Templo de Deus. O templo deve ser um lugar santo, pois é a habitação de Deus. Imagine Ele vivendo em um lugar imundo cheio de dejetos que foram lá lançados. Nosso dever é impedir que ali entre coisas imundas, que profanem o Santuário do Espírito Santo.
O Apostolo Pedro diz em sua carta:

“Antes santificai a Cristo, como Senhor em vossos corações.” I Pedro 3:15ª

O papel do guarda era guardar a entrada e a saída. Aquilo que entra, um dia acaba saindo. Existem duas portas principais por onde entram coisas em nossas vidas: Os olhos e os ouvidos. Quando eu era criança havia uma canção na igreja que dizia: “Cuidado olhinho com o que vê... Cuidado ouvido com o que ouve... O Salvador do Céu esta olhando para você! Tudo aquilo que vemos e ouvimos tem um potencial de fazer morada em nossos corações. Coloque morando em seu coração aquilo que Deus tem te falado e o que você tem visto Deus fazer em tua e nas outras vidas.
Jesus disse:

“O homem bom do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal. Pois da abundância do coração fala a boca.” Lucas.6:45


Existe coisas que nos é impossível deixar de ver ou de ouvir, embora haja coisas que preferiríamos não ter tido contato. Quantas vezes, em tom de brincadeira, já falamos:“Eu preferia ser cego que ver isso” Ou “ Preferia ser surdo que ouvir isso”. Portanto, cuidado com o que você ouve, e cuidado com o que você vê. Cuidado com aquilo que armazena no templo do Senhor, pois é á que Ele faz a sua habitação.

Guardando A Lingua

“Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios”. Salmos141:3

Como escrevemos a pouco, Jesus fala que o que há em abundância no coração é o que a boca fala, nós falamos que a boca fala do que o coração está cheio. A medida que caminhamos com Cristo, há uma transformação em nossas vidas, esta transformação repercuti na nossas forma de andar e na nossas forma de falar. Antes, o nosso coração estava cheio de obscenidades e isso refletia no nosso linguajar cheio de palavrões. Estávamos cheios de orgulho, e isso refletia na nossa forma de nos apresentar. Para tudo que enchia nossos corações havia uma forma em que ecoávamos para fora. Hoje o temos que ter em nossas vidas um dom do Espírito que o Apostolo Paulo chama de Domínio Próprio. Coloquemos um guarda na entrada da nossa boca!

“O que guarda a sua boca preserva a sua alma, mas o que muito abre os seus lábios tem perturbação”. Provérbios.13:3

Na hora em que vivemos um sentimento muito intenso, corremos o risco de falarmos coisas que em um momento mais centrado não o faríamos. Quantas palavras já nos arrependemos de ter falado.
“Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade.”

Provérbios 16:32
“Como cidade derrubada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.” Provérbios 25:28

Não temos que mostrar que temos razão sobre as outras pessoas, não temos que mostrar força, temos é que ser fieis ao que Deus quer. Guarde teu coração e a tua língua, que são o Templo e o Palácio do Rei do reis.