sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um Cântico Novo



"Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo" (Salmo 33:3).

Confesso que já tentei ouvir só música "gospel". Mas cheguei a um ponto que não deu mais. É muito sofrível, com raríssimas excessões.

Sempre os mesmos temas, ora se fala de chuva, ora de vento, ora de avivamento, de uma sede insaciável, paixão, desespero. O elenco de temas é extremamente repetitivo.

De um tempo pra cá redescobri a música secular, e tenho me deleitado em algumas preciosidades, seja da música internacional, ou da MPB.

Algumas pérolas parecem até inspiradas por Deus. E não duvido que seja.

Devo admitir que a música cristã dos últimos tempos tem melhorado muito tecnicamente. Há muitos músicos de qualidade irrefutável. Mas as letras... Sinceramente, prefiro os clássicos cristãos que, ainda que mal gravados, traziam inspiração ímpar.

Creio que se os compositores cristãos tomassem os salmos bíblicos como exemplo, suas composições dariam um salto de qualidade. Sabe porquê? Porque ali encontramos os mais diversos temas sendo tratados com poesia.

Os Salmos falam de guerra, de fome, de injustiças sociais, de amizades, de ordem, de caos, da criação, de relacionamentos humanos, de cataclismos, de perdão, etc. Lá encontramos ação de graça, protesto, constatação, declaração de amor, confissão de pecado, etc.

Acorda gente! Deixem de ser repetitivos!

Ademais, acho que já está na hora de superarmos aquele dualismo secular/profano. O que existe é música boa e música ruim. Não importa quem cante, quem tenha composto, ou qual o estilo.

Ontem mesmo, assisti ao especial de Roberto Carlos e fiquei emocionado com sua nova composição em louvor a Jesus Cristo.

Precisamos de cancões que abram nossos olhos à realidade, em vez de nos alienar dela. Canções que nos desafiem a arregaçar as mangas e trabalhar por um mundo melhor.
Postado por Hermes C. Fernandes

DIA 20 DE DEZEMBRO - DIA DAS MÃOS ESTENDIDAS

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Porta do Vale


Neemias 3:13

"A porta do vale reparou-a Hanum e os moradores de Zanoa; estes a edificaram, e lhe levantaram as portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos, como também mil côvados do muro, até a porta do monturo."


A Porta do vale – Era por esta porta que as impurezas da cidade eram jogadas fora. É uma porta por onde precisamos passar para que façamos uma auto-avaliação de nossa vida. Vale é toda a depressão geográfica entre montanhas, mas na nossa vida pode representar os momentos de altos e baixos que enfrentamos no dia-dia. O vale representa o mais baixo nível que alguém possa chegar. Davi diz que ainda que ele andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, pelo simples fato de Deus estar com ele. E por que essa porta precisava ser restaurada?

1 – Descendo para contemplar

“E de noite saí pela porta do vale, e para o lado da fonte do dragão, e para a porta do monturo, e contemplei os muros de Jerusalém, que estavam fendidos, e as suas portas, que tinham sido consumidas pelo fogo.” Neemias 2:13

Quando Neemias chegou a Jerusalém, para reconstruir seus muros, precisava ter uma avaliação de como as coisas estavam, para então começar o trabalho de restauração. Ele passa então pela porta do vale para, de certa distância, poder enxergar melhor os escombros da cidade, vendo assim o que precisava ser feito. O “fator contemplação” tem sido deixado de lado nos dias atuais e, aqueles que ainda obtêm esse dom se sobressaem aos outros. Saber analisar os fatos da vida é o primeiro e maior passo para poder solucioná-los. Com a vontade de termos nossos caminhos endireitados, começamos a trabalhar neles sem sequer saber o que precisa ser realmente feito. Podemos gastar tempo, energia e dinheiro em vão, em coisas que batava apenas termos uma contemplação, uma análise. Antes de qualquer atitude na vida, temos que conhecer os buracos no muro que precisam ser trabalhados.

2 – Descendo para servir humildemente

“Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” Mateus 20:25-28

Deus permite que passemos por vales em nossas vidas para que aprendamos a nos compadecer uns dos outros. Quando estamos na depressão de nossa caminhada é que valorizamos a ajuda de alguém, por isso Deus nos ensina a também servirmos os que pelo vale estão passando. Se o homem só andasse por planaltos aprenderia apenas a se servir daqueles que estão nos vales, se sentiria auto-suficiente para todas as coisas da vida e, desconhecedor da necessidade da ajuda alheia. É no vale que aprendemos a nos identificar com os que sofrem. É lá que aprendemos a chorar com os que choram, descobrindo assim o caminho da compaixão. Temos que descer até eles, e não esperar que eles venham e subam até nós.

3 – Descendo para ouvir a voz de Deus

A Porta do Vale é aquela que dá na Fonte do Dragão (Nee.2:13), mas também é aquela que pode ter o sentido de ir à casa do oleiro. A fonte do dragão pode significar para nós, em uma analogia, as palavras e a vontade do inimigo para nossa vida. Todas as vezes que passamos por vales em nossa existência, corremos o risco de bebermos da fonte do dragão, achando ser nessas águas que encontraremos alivio para nosso esmorecimento. No entanto ida ao vale pode nos trazer uma grata surpresa: Ouvir a Voz de Deus! O Senhor certa vez disse a Jeremias:

A PALAVRA do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.” Jeremias 18:1-2

Deus poderia ter falado com Jeremias em qualquer lugar, mas mandou o profeta descer, poderia ter dito para ele subir ao templo, mas mandou o profeta descer! Quando descemos nos humilhamos, nos quebrantamos, então estamos prontos para ouvir a voz de Deus. Passar pela porta do vale, significa humilhar-nos perante o Senhor. Reconhecer que a única coisa que nos diferencia dos que estão no mundo, é o fato de termos sido alcançados pela Graça. O Apóstolo Paulo quando estava a caminho de Damasco, para perseguir os cristãos, bebia incessantemente da fonte do dragão,e achava que era a vontade de Deus, até que ele caiu do cavalo, Derrubado por Jesus

Quando estamos no vale, qual é a saída que temos buscado a fonte do dragão ou a voz de Deus?